Tributo ao fantástico: Edgar Allan Poe - o poço e o pêndulo

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Embora minha principal intenção seja publicar material relativo à literatura e ao cinema fantásticos, o blog poderá apresentar também materiais de cunho diversos, alguns dos quais acho interessantes de uma forma geral, portanto não estranhem se encontrarem algo fora do tema principal. Se ao menos uma pequena parte que seja do conteúdo do blog contribuir, de alguma forma, para a divulgação das múltiplas e ricas facetas da literatura fantástica, de horror ou sobrenatural, o blog terá cumprido seu principal propósito.

sábado, 15 de agosto de 2015

Edgar Allan Poe - o poço e o pêndulo - Adaptação aos quadrinhos

Aqui temos uma adaptação quadrinística de um dos contos de POE, a saber "O poço e o pêndulo"!!!

Esta foi publicada no ano de 1952 na revista Nightmare N°2 (sim aquelas belíssimas publicações de horror dos anos 50 e 60 iniciadas com a pioneira EC - Entertaining Comics e depois revividas através de Creepy, Eerie, etc.).

A arte é de Everett Raymond Kinstler e o crédito das scans é do excelente blog norte-americano http://thehorrorsofitall.blogspot.com.br/.

Aos amantes do quadrinhos fica aqui este pequeno deleite baseado na obra daquele imortal mestre do conto de horror, sem mais delongas seguem os scans:

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"Nínguem respirou por alguns segundos. Então, uma nuvem mais escura passou diante da lua, e a silhueta dos galhos balouçantes desvaneceu por um momento. Ouviu-se então um clamor geral, abafado pelo temor, porém rouco e praticamente idêntico em todas as gargantas. Pois o terror não se esvaíra junto com a silhueta e, num sombrio instante de trevas mais profundas, os espectadores viram, à altura da copa das árvores, contorcendo-se, milhares de pontos minúsculos que possuiam um brilho débil e profano, os quais balançavam cada galho como o fogo de Santelmo ou como as chamas que desceram sobre a cabeça dos apóstolos no Dia de Pentecostes. Era uma constelação monstruosa de luz não natural, como um enxame de vagalumes saciados que, alimentando-se de cadáveres, dançavam sarabandas infernais sobre um pântano amaldiçoado; e sua cor era aquela mesma intrusão inominável a qual Ammi já havia conhecido e temia. Conforme decorria o tempo aquele feixe fosforecente que exalava do poço tornou-se mais e mais brilhante, trazendo às mentes daquele punhado de homens uma sensação de destruição e anormalidade que, de longe, excedia qualquer imagem que suas mentes conscienciosas poderiam formar. Agora, aquilo não mais brilhava, e sim jorrava; e quando a disforme corrente de cor indefinível deixou o poço pareceu fluir diretamente para o céu."
H. P. Lovecraft em "A cor que caiu do céu".